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terça-feira, 1 de junho de 2010

Tecnologia ao serviço do negócio


Podia começar por explicar o que parece evidente: a tecnologia existe para servir o negócio. No entanto, e se pensarmos na forma como os investimentos em tecnologia são por vezes geridos ou decididos, vemos que a vertente "ao serviço do negócio" é uma das que potencialmente será levada em conta, mas não necessariamente a decisiva.

Nos últimos 20 anos o papel do CIO e da Direcção de Sistemas passou por diferentes níveis de actuação. Simplificando, diria que começou com a substituição dos processos manuais por processos informatizados. A informática era senhora de uma autonomia extrema e por vezes definia e/ou condicionava fortemente o negócio.


O estágio seguinte, foi a migração para o extremo oposto, em que os Sistemas de Informação se viam a si mesmos como um prestador de serviços dentro das organizações esperando especificações relativamente precisas das áreas de negócio sobre os trabalhos a executar na vertente tecnológica.


Estas duas atitudes opostas, e os problemas que daí resultaram, deram origem ao que se espera de um CIO moderno que: 1) actue como agente de transformação, 2) entenda os drivers de negócio da sua organização; e, 3) perceba a correlação entre esses drivers e a tecnologia existente.


Uma análise ou entendimento menos completo do que são as prioridades de negócio podem conduzir a que excelentes decisões de investimento tecnológico, não sejam necessariamente aquelas que maximizam o retorno de negócio. O inverso, ou seja, o entendimento parcial das alavancas tecnológicas disponíveis, pode conduzir a que os resultados para o negócio não sejam atingidos ou sejam atingidos à custa de um sobre investimento.


Qualquer um dos resultados acima descritos é indesejável e ainda mais indesejável em situações de crise como a que vivemos. Potenciar o negócio maximizando o resultado dos investimentos em tecnologia, fazê-lo no momento certo e no budget previsto, é o jogo que tem de ser feito por quem quer estar um passo à frente da concorrência.
A visão clara se a tecnologia está ou não ao serviço do negócio, terá então de passar por:
- Conhecer os drivers de negócio da instituição em que estamos inseridos;
- Conhecer as alavancas tecnológicas que suportam o negócio nessa instituição;
- Perceber e sistematizar a correlação entre os drivers de negócio e as alavancas tecnológicas.
Não é simples, dentro da pressão operacional existente nas organizações, fazer este trabalho de recolha, reflexão e sistematização.

Muitas vezes a solução passa por ter ajuda externa, cuja presença facilitará a alocação de tempo e esforço a este tema tão importante, beneficiar de uma metodologia adequada e tirar partido da junção de uma visão externa à visão interna de uma organização. Será então mais fácil perceber onde investir e como esse investimento se poderá traduzir numa mais-valia para o negócio.
Entramos assim na segunda parte do "campeonato" do que é ser um CIO moderno. Temas como a confiança mútua na relação cliente-fornecedor, a sustentabilidade da relação, o rigor e a flexibilidade são palavras-chave num mundo de negócios que muda à velocidade da luz.


Características e meios que permitam às organizações: 1) serem capazes de avaliar regularmente os drivers de negócio, 2) adaptar rapidamente o investimento à evolução do mercado, 3) fasear o investimento em entregáveis periódicos, que se concretizem numa vantagem imediata e num retorno do investimento mais rápido e,4) gerir rigorosamente a qualidade e os prazos de entrega, são os factores complementares de sucesso.

Será fácil entender a frustração de um CIO que está a realizar um grande investimento tecnológico tendo como driver de negócio a "colocação de empréstimos" e de repente a crise se materializasse na necessidade de "captação de depósitos". Para piorar o cenário podíamos juntar os atrasos na concretização desse investimento (que tornariam o investimento ainda mais despropositado no tempo), a inflexibilidade nos parceiros ou na conceptualização de todo o plano de investimentos, enfim, uma dor de cabeça a evitar.

Definitivamente estamos na era da tecnologia ao serviço do negócio. Negócio entendido em mais do que uma vertente e que vai desde a sustentabilidade económica, à ética ou mesmo ecologia, e é isso que é esperado das organizações.
Na minha opinião, a vida das organizações e em particular do CIO não está mais fácil, mas está definitivamente mais interessante!

José Nunes, Vice-President Technology Services Capgemini Portugal

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